Titulo do texto:
Sensemaking in Organizations
Karl Weick repesca a importante noção de ‘estrutura coletiva’, desenvolvida por Allport, o que nos dá uma especial abrangência acerca da formação e organização de grupos.
A emergência de uma estrutura colectiva é fundamental para a produção de ordem e regularidade de forma a possibilitar a aproximação e a relação entre os individuos e a descoberta e execução de atitudes originárias de vontades mútuas.
A vantagem da perspectiva de Allport, apontada por Weick, é que a sua apresentação é explícita quanto à maneira de ligar os níveis de análises (indivíduo, grupo, organização, sociedade...): os níveis são limitados de acordo com a sua classe/ hierarquia e são diferentes entre si.
Weick enfatiza que são os comportamentos e acções que são interestruturados, e não os individuos. Qualquer um pode participar de vários grupos e organizações não colocando todos os seus comportamentos apenas em um grupo/ organização, pois cada grupo é único e diferente e carece de um sentido.
Para o bom funcionamento de uma organização é essencial que haja uma certa "procura de sentido". Sentido é o que as organizações elaboram como experiência a partir de sinais do presente e em ambientes em que estão inseridas. “Criar sentido diz respeito às formas como as pessoas geram o que elas interpretam” (Weick, 1995, p. 13). Criar sentido e interpretar sentido são duas actividades diferentes, ainda que para criar seja necessário interpretar as sensações e outras acções.
Weick (1995, p. 17) estabelece que a produção de sentido (sensemaking) é entendida como um processo com as seguintes características:
a) criar sentido é construir uma identidade;
b) essa construção é sempre retrospectiva;
c) realizada num contexto social;
d) através da ação e do discurso performativos, isto é, capazes de criar ambientes sensíveis ("enactement");
e) a criação de sentido reporta-se a eventos em curso ("ongoing");
f) de onde se extraem sinais ("extracted cues"); e
g) guia-se pela plausibilidade e não pela verdade
Devemos considerar, que a construção de sentido passa por um esquema interpretativo e organizacional da realidade, que não é tão simples quanto parece, pois envolve teorias, ideologias, métricas e normas que nos ajudam a alcançar mais legitima e fielmente a nossa "realidade". Cada individuo possui a sua própria "realidade" pois cada um possui uma interpretação e um sentido diferente para coisas diferentes, cada um possui uma identidade simbólica realizada um determinado contexto social e sensorial.
Origem do texto:
http://randrade.com.sapo.pt/cmeoSensemaking.pdf
Elaborado por:
Marta lopes Nº:52313
domingo, 29 de junho de 2008
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